HISTÓRIA DE VIDA E FORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: VIVÊNCIAS NA E COM A NATUREZA
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Resumo
Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa realizada com sete professoras de uma creche conveniada com a Prefeitura do município de Santo André. O objetivo da pesquisa foi compreender como a formação continuada para essas professoras, por meio das histórias de vida, possibilita repensar práticas que considerem as vivências na e com a natureza. A abordagem metodológica foi qualitativa, tendo como procedimento o método autobiográfico. O referencial teórico fundamentou-se nos estudos de Antonio Nóvoa, Marie Christine Josso, Paulo Freire e Léa Tiriba, entre outros(as) autores(as). Partimos do princípio de que só é possível amar aquilo que realmente conhecemos, o que evidencia a importância de a nova geração ter maior proximidade com a natureza para aprender a amá-la e valorizá-la. Assim, torna-se urgente a qualificação dos(as) profissionais da educação de modo a sensibilizá-los(as). Os resultados indicam que o método autobiográfico configura-se como um recurso eficaz para repensar a formação docente, ressaltando que essa formação é um processo contínuo ao longo da vida. Essa abordagem envolve estratégias que incentivam os sujeitos a refletirem sobre a importância da natureza em suas histórias de vida e na construção de suas identidades, promovendo um relacionamento profundo com o mundo ao seu redor. Os dados revelam ainda que a creche, ao defender o “quintal brincante”, pode proporcionar às crianças maior proximidade com a natureza, fazendo com que se sintam parte dela. Com base nos resultados obtidos, será elaborado, como produto educacional, um Caderno de Narrativas, com o intuito de contribuir com a formação continuada dos(as) profissionais da educação, em especial, daqueles(as) responsáveis pela formação docente, valorizando as histórias de vida no processo de desenvolvimento profissional. Concluímos que a formação, por meio do método autobiográfico, permite retomar percursos formativos, estabelecendo um diálogo profícuo com a realidade social e, consequentemente, com as práticas pedagógicas, construindo um saber e fazer docente que defenda o desemparedamento da infância desde a creche.