CUIDAR E EDUCAR NAS CRECHES DO MUNICÍPIO DE MAUÁ/SP: CONTRIBUIÇÕES AO TRABALHO DO PROFESSOR COORDENADOR PEDAGÓGICO
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Resumo
Este trabalho teve origem nas preocupações relacionadas às práticas de educação infantil (creches) da Prefeitura do Município de Mauá, estado de São Paulo, frente à divisão de papéis entre professores e auxiliares de desenvolvimento infantil no trabalho com as crianças de 0 (zero) a 3 (três) anos de idade. O foco de atenção deste estudo recaiu sobre a indissociabilidade entre o cuidar e o educar como elementos essenciais para o desenvolvimento integral das crianças. A pesquisa foi organizada em torno da seguinte questão-problema: como tem sido enfrentado pela gestão pedagógica o desafio de articular as atribuições desses profissionais nas creches do município de Mauá? O objetivo geral da pesquisa foi levantar informações para subsidiar o trabalho dos professores coordenadores pedagógicos das creches públicas desse município. Para tanto, foram definidos três objetivos específicos: I) traçar o perfil dos profissionais que atuam nas vinte e sete unidades creches de período integral de Mauá; II) construir um diagnóstico das dificuldades e desafios enfrentados no dia a dia do trabalho dentro das creches municipais; III) por fim, com base nos dados levantados, elaborar uma proposta de trabalho que auxilie o professor coordenador pedagógico a enfrentar o desafio de articular o "cuidar" e o "educar"enquanto persistem as controvérsias políticas e jurídicas que sustentam a divisão de tarefas nas creches públicas do município. Assim, como produto final deste trabalho foi elaborada uma proposta formativa de professores e auxiliares de educação infantil, com base nos princípios da pesquisa-ação colaborativa. Os resultados desta investigação confirmam que recai sobre o professor coordenador pedagógico a tarefa de contornar dificuldades que só serão resolvidas no campo das políticas públicas de educação, concluindo-se, portanto, que ainda há um longo caminho a ser percorrido para superar as insuficiências históricas dessa etapa da educação brasileira que penalizam tanto os profissionais como as crianças pequenas em uma fase tão essencial de seu desenvolvimento.