DECOLONIZANDO O ENSINO DE ARTE: A VALORIZAÇÃO DAS ARTES VISUAIS DOS POVOS INDÍGENAS NO ENSINO FUNDAMENTAL

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Resumo

Esta pesquisa parte da constatação da ainda insuficiente presença das artes visuais dos povos originários na formação docente em Arte, a qual permanece fortemente marcada por paradigmas eurocêntricos, elitistas e coloniais. Apesar da vigência da Lei nº 11.645/08, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da história e cultura indígena nas escolas, nota-se a persistente desvalorização das produções artísticas desses povos nos currículos escolares. Esse cenário evidencia a urgência de práticas pedagógicas que promovam uma abordagem decolonial no ensino de arte. Nesse sentido, o objetivo principal deste estudo foi o de investigar, construir e analisar com os(as) estudantes do ensino fundamental, como a inclusão das artes visuais dos povos originários pode contribuir na construção de uma educação decolonial. A pesquisa adotou uma abordagem qualitativa, de caráter interventivo, fundamentada nos Círculos de Cultura de Paulo Freire e em referenciais teóricos decoloniais e indígenas. O campo empírico foi uma escola pública localizada no município de Diadema, São Paulo (SP), onde foi implementado um projeto colaborativo com os(as) estudantes, envolvendo estratégias pedagógicas decoloniais, reflexões críticas e produções visuais coletivas. Os dados foram obtidos por meio de registros fotográficos, relatos e releituras criadas durante as atividades. Os resultados evidenciam que a inserção das artes indígenas no ensino de Arte proporcionou experiências estéticas e pessoais significativas, favorecendo o protagonismo estudantil, a valorização da diversidade cultural e o questionamento de identidades e estereótipos. As ações pedagógicas promoveram a construção de uma consciência crítica sobre a importância dos povos indígenas, suas lutas e expressões artísticas. Como desdobramento da pesquisa, foi produzido material educacional virtual, a ser divulgado em rede social, com o intuito de partilhar as experiências vividas durante esse processo investigativo. Conclui-se que práticas pedagógicas fundamentadas em abordagens decoloniais são fundamentais para a construção de uma educação inclusiva, crítica e comprometida com a valorização das culturas historicamente silenciadas, bem como com o reconhecimento das identidades e memórias familiares dos(as) estudantes. Quanto ao produto educacional digital, publicado na plataforma Instagram e mediado pelo educador, apresenta os objetos artísticos construídos em conjunto com os(as) estudantes do ensino fundamental. O objetivo é divulgar, de forma pública e acessível, as releituras realizadas ao longo do processo, promovendo a valorização da arte indígena e do pensamento decolonial no ambiente escolar. Busca-se, assim, uma abordagem educacional inclusiva e respeitosa, que reconheça e compreenda a riqueza das culturas indígenas brasileiras por meio das artes visuais populares e contemporâneas.


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