RESILIÊNCIA INDIVIDUAL E BEM-ESTAR NO AMBIENTE DE TRABALHO EM HOME OFFICE

Resumo

Mediante a implantação do sistema de home office, empregados e gestores têm sido desafiados a encontrar formas adequadas de distribuição e execução de prazos e metas que concorrem com o tempo de convívio familiar, atividades diversas e tarefas do dia a dia. A reflexão acerca da otimização do regime de home office é útil mesmo depois do fim do isolamento, já que as práticas remotas permanecerão fazendo parte das relações trabalhistas. A pesquisa busca como contribuição uma análise sobre os construtos resiliência e bem-estar relacionados com o trabalho em sistema home office com dados relevantes nesse novo ambiente de trabalho. O objetivo geral desta pesquisa foi analisar de que forma a resiliência individual influencia o bem-estar diante da rotina de trabalho em home office dos empregados. A pesquisa proposta caracterizou-se como exploratório-descritiva de abordagem quantitativa, de corte transversal. A amostra foi enquadrada como não probabilística e a abordagem foi de acordo com a conveniência, alcançando 125 questionários respondidos de forma completa e legível, que compuseram a amostra final da pesquisa. O questionário foi construído baseado em instrumentos similares já utilizados e validados, mas que abordaram os construtos resiliência, bem-estar e home office de forma segregada e aplicado via Google Forms. Foram realizadas análises descritivas (mínimo, máximo, média, desvio padrão, frequência e porcentagem) para caracterização da amostra e dos escores dos instrumentos utilizados. Para testar a relação entre as variáveis do modelo foram realizadas análises de Structural Equation Models (SEM) utilizando o método de Partial Least Squares (PLS-SEM). Os resultados mostraram que a maioria dos participantes atribuiu pontuações médias ou altas para a resiliência, sugerindo que muitos possuem características que lhes permitem lidar eficazmente com as adversidades. A análise das escalas de Home Office e PANAS, utilizada na pesquisa para mensuração do bem-estar, revelou que a adequação do mobiliário e dos equipamentos, bem como os recursos tecnológicos, são cruciais para promover o bem-estar no trabalho remoto. A confiança na própria capacidade de realizar tarefas (autoeficácia) também contribui significativamente para o bem-estar, enquanto a falta de um espaço isolado adequado pode limitá-lo. Observou-se correlação positiva entre resiliência e bem-estar, com indivíduos mais resilientes tendendo a experimentar maior bem-estar.


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