INVESTIGAÇÃO DE SÍNDROME DE BURNOUT EM ESTUDANTES DE MEDICINA E ESTÍMULO AO PENSAMENTO CRÍTICO COMO FATOR PROTETOR

INTRODUÇÃO: As Novas Diretrizes Curriculares (2014) incentivam a aplicação das metodologias ativas no ensino médico por gerarem uma maior corresponsabilização do aluno na sua própria formação e aquisição de conhecimento, ou seja, o aluno deve “aprender a aprender”. Sendo assim, o pensamento crítico é uma importante competência durante a formação médica. Embora as metodologias ativas apresentem altos níveis de sucesso no processo de aprendizagem, também podem ser indutoras de ansiedade e Síndrome de Burnout nos estudantes. OBJETIVO: Estimar a prevalência de Síndrome de Burnout em estudantes de medicina do 1o ao 4 o semestre e elaborar uma estratégia de estímulo ao pensamento crítico para atuar como fator protetor para Síndrome de Burnout. MÉTODOS: Desenho transversal, com abordagem quantitativa, de natureza aplicada, com objetivo descritivo e comparativo. Amostra por conveniência, composta por estudantes do 1o ao 4 o semestre do curso de medicina da Universidade Municipal de São Caetano do Sul – Campus Centro. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação dos questionário: 1- Perfil Sociodemográfico, 2- Copenhagen Burnout Inventory- Student Version (CBI -S) e 3- Escala de Estresse Percebido (PSS), aplicados de forma remota. RESULTADOS: Participaram da pesquisa 72 alunos A prevalência de Burnout foi de 34.7% em nível muito alto , de 27.8/% em nível alto e 15.3% em nível moderado. A maioria, 90,3%, apresentou grau moderado de estresse percebido e 9,7% apresentaram grau baixo de estresse percebido. Observou-se que os estudantes mais velhos e homens apresentaram associação significante para o grau elevado de Burnout. CONCLUSÃO: A prevalência de Burnout na amostra é maior que a apresentada na literatura brasileira e mundial. Uma limitação do estudo foi o curto período de coleta de dados, além de ter ocorrido no período de provas finais do ano letivo. PRODUTO: Foi elaborado um guia que apresenta a condução de oficina que estimule o pensamento crítico dos estudantes de medicina, e assim, promova maior grau de autonomia e maior capacidade de lidar com ambiguidades e incertezas para atuar como fator protetor de síndrome de Burnout.