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Item RESSIGNIFICAÇÃO DOS MONUMENTOS PÚBLICOS(2023-03-08) Bruna Serafim Moura; João Batista Freitas Cardoso; Prof. Dr. João Batista Freitas Cardoso; Profa. Dra. Priscila Ferreira Perazzo; Prof. Dr. Vicente GosciolaO questionamento dos monumentos públicos ao redor do mundo tem ganhado proporção nos últimos anos, pelo fato de as pessoas não se sentirem representadas pelo que eles homenageiam. Na maioria das vezes, os monumentos são construídos retratando a memória oficial, levando em conta interesses políticos, econômicos e sociais da época e de quem determinou sua construção. Com o passar do tempo, os cidadãos atribuem novos sentidos aos monumentos, adequando-os à história de cada um. Dessa forma, o objetivo geral desta pesquisa foi compreender como a comunicação pode contribuir para o debate sobre as ressignificações dos monumentos públicos, tendo como objetivos específicos: (1) Caracterizar os monumentos públicos como símbolos culturais; (2) Relacionar os processos de produção de sentido e ressignificação dos monumentos públicos à Comunicação de Interesse Público; (3) Desenvolver um produto de comunicação que contribua para o debate sobre a ressignificação dos monumentos públicos. A metodologia utilizada consiste em uma pesquisa aplicada qualitativa exploratória, de delineamento documental, utilizando como instrumento de coleta a semiótica aplicada e a Oficina de Trabalho Crítico (OTC). Os resultados obtidos revelam que os monumentos públicos carregam em si crenças e valores da comunidade, contando uma história, que visa atender a interesses políticos, econômicos e religiosos já estabelecidos na sociedade. Desse modo, representam a cultura de determinada região em determinada época, de acordo com a ideia das pessoas que construíram e instalaram os mesmos. Ao mesmo tempo, é preciso considerar que nem todos os cidadãos podem se sentir representados e pertencentes a uma comunidade por meio de um monumento instalado. Por isso, a implantação de um monumento deveria acontecer a partir do debate em uma esfera pública (HABERMAS, 2008). Da mesma forma, considerar apenas uma história a partir de uma perspectiva, faz com que outras histórias não sejam vistas (ARENDT, 2003) e, ao debater sobre a ressignificação dos monumentos públicos, promove-se a inclusão e a pluralidade de sentidos. Para auxiliar no debate dos monumentos públicos, desenvolveu-se como produto de comunicação uma cartografia com base no Monumento aos Imigrantes Italianos, objeto de análise, composta por fotos, vídeos e informações obtidas nas OTCs; material bibliográfico e conceitual desta pesquisa; fotos e vídeos do monumento; pesquisa iconográfica de imigrantes. A plataforma visa estimular o debate sobre este ou outros monumentos, por meio da participação social através do Instagram.Item AVALIAÇÃO DE INFRAESTRUTURA ESCOLAR: EM DESTAQUE AS CRECHES DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO(2023-03-08) Paulo Roberto Rego dos Santos; Prof. Dr. Paulo Sérgio Garcia; Prof. Dr. Paulo Sérgio Garcia; Profa. Dra. Maria de Fátima Ramos de Andrade; Profa. Dra. Maria da Graça Nicoletti MizukamiO Município de São Paulo, devido sua extensa área territorial e população, enfrentou a questão da falta de vagas para as crianças nas creches. O aumento da demanda por matrículas na primeira infância, e a legislação que abrange a educação infantil, levaram a Secretaria Municipal de Educação (SME) a tomar a decisão de estabelecer convênios com ONGs e criar parceiras para a instalação e manutenção de creches, ao invés de investir na criação desses espaços, de forma que hoje no município de São Paulo existem creches diretas, indiretas e conveniadas. Este estudo teve como objetivo avaliar a infraestrutura física das creches da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo a partir de critérios próprios elaborados. Para tal, utilizou-se a abordagem qualitativa exploratória a partir da análise de quadros de tabelas, incluindo algumas técnicas estatísticas. Os resultados revelaram que a maior quantidade de convênios com ONGs, parcerias realizadas pela secretaria de educação, 88% das creches do município, abrangendo 82% dos bebês matriculados, está localizada na iniciativa privada. Nesse contexto, a rede direta possuía uma maior proporção de creches que foram classificadas nas categorias adequada e avançada, enquanto a rede conveniada esteve mais centralizada nas categorias adequada e básica. Isso pode ser justificado, uma vez que a infraestrutura da rede direta foi projetada mas não é aceitável, pois as crianças são atendidas de maneiras diferentes, configurando um processo de discriminação. Esse modelo de gerenciamento das crianças, adotado pela SME com base na privatização, não garante a equidade nas condições de atendimento entre as redes. Além disso, essa privatização da educação municipal pode gerar maior competição entre as instituições que ofertam vagas para a educação infantil, maior desigualdade no acesso, variação na qualidade de atendimento às crianças, foco nos resultados financeiros. Esse modelo pode também fragilizar o sistema público e reduzir seu controle. Esperamos que com este estudo a avaliação da infraestrutura escolar ganhe maior corpo entre os temas nas pesquisas brasileiras, possibilitando mais robustez e discussão dentro das universidades, tanto na formação inicial como continuada. Para contribuir neste debate, elaboramos o produto desta pesquisa, qual seja: “Orientações para a Montagem de Creches: Infraestrutura Física das creches”.Item DESIGUALDADES EDUCACIONAIS E GESTÃO PEDAGÓGICA DA ESCOLA NO CONTEXTO PÓS-PANDÊMICO: UM ESTUDO NA REDE MUNICIPAL DE SANTO ANDRÉ(2023-03-08) Sônia Maria Marchiori De Oliveira; Prof.a Dr.a Sanny Silva da Rosa; Profa. Dra. Sanny Silva da Rosa; Prof. Dr. Marco Wandercil; Profa. Dra. Cristiane MachadoAs desigualdades da população brasileira foram expostas de forma inequívoca e se aprofundaram durante a pandemia de Covid-19. O afastamento das crianças das escolas, em decorrência do prolongado período de isolamento social, ampliou ainda mais as desigualdades educacionais, sobretudo, nos sistemas públicos de ensino, acarretando grandes e novos desafios aos profissionais de educação durante e após o período pandêmico. Esta pesquisa teve o propósito de problematizar essas questões na rede municipal do município de Santo André, localizado na região do ABC Paulista na perspectiva dos atores que atuam na gestão pedagógica das escolas. Como aportes teóricos, o estudo fundamentou-se em contribuições do campo das políticas públicas e da gestão educacional, explorando, particularmente, os conceitos de direito à educação, gestão democrática e as atribuições do coordenador pedagógico. Metodologicamente, trata-se de um estudo exploratório, de abordagem qualitativa, que articulou dados obtidos em fontes documentais e empíricas, com o objetivo de analisar as estratégias propostas pela Secretaria de Educação do município de Santo André e as ações efetivamente implementadas nas escolas com vistas ao enfrentamento das desigualdades educacionais no contexto pós-pandêmico. Para tanto, realizou-se uma roda de conversa com quatro assistentes pedagógicas que atuam nos anos iniciais do ensino fundamental em escolas localizadas em regiões de grandes contrastes socioeconômicos. Os dados obtidos permitiram identificar a existência de tensões e contradições entre as iniciativas e orientações dos órgãos centrais do sistema de ensino e as condições objetivas dos atores escolares e das famílias de atenderem as reais necessidades dos alunos no que diz respeito ao acolhimento, ao direito de aprender e de ter acesso a uma educação de qualidade. Ademais, os resultados indicam que os efeitos do período pandêmico tendem a perdurar por muito tempo ainda, o que exigirá dos gestores pedagógicos uma grande capacidade de administrar as demandas externas à escola e as prioridades identificadas pelas equipes escolares no retorno às atividades presenciais. Como produto desta pesquisa, e por demanda dos próprios atores participantes do estudo, propõe-se a construção de um acervo documental, registrado em formato de podcast, com depoimentos e análises sobre os efeitos e desafios do período pandêmico e pós- pandêmico na educação brasileira e, particularmente, na rede municipal estudada.