Navegando por Autor "Prof. Dra. Sanny Silva da Rosa"

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DESIGUALDADES EDUCACIONAIS NO RETORNO À ESCOLA: UM ESTUDO SOBRE OS CONSELHOS DE CICLO NA REDE MUNICIPAL DE SANTO ANDRÉ (SP)
(2023-07-08) Renata Cristina dos Santos; Profa. Dra. Sanny Silva da Rosa; Prof. Dra. Sanny Silva da Rosa; Prof. Dr. Nonato Assis de Miranda; Profª. Dra. Sandra Maria Zákia Lian Sousa
O fechamento das escolas, em 2020 e 2021, em decorrência da pandemia de covid- 19, desorganizou os sistemas de ensino, incidiu sobre o planejamento curricular e sobre o aproveitamento escolar dos estudantes, aprofundando as desigualdades educacionais do país. As consequências desse período foram sentidas, de forma mais concreta, no retorno às atividades presenciais no ano de 2022. Como objetivo geral, esta pesquisa se propôs a examinar a percepção das equipes gestoras das escolas da rede municipal de Santo André (SP) sobre a organização e o funcionamento dos conselhos de ciclo no cenário pós-pandêmico. Trata-se de um estudo exploratório, de abordagem mista, que combinou dados documentais, obtidos em levantamento das normativas da Secretaria de Educação de Santo André entre 2020 e 2022, e dados empíricos, coletados por meio de um questionário estruturado aplicado a diretores, vice-diretores, assistentes pedagógicos e professores assessores de educação inclusiva, que integram as equipes gestoras das Escolas Municipais de Educação Infantil e de Ensino Fundamental (EMEIEF) dessa rede de ensino. O estudo fundamentou-se em contribuições teóricas de autores que analisam a finalidade, a organização e o funcionamento dos conselhos de classe/ciclo na perspectiva da gestão democrática do ensino público. Os resultados obtidos apontam a existência de tensões e contradições entre as iniciativas da Secretaria de Educação e o posicionamento dos gestores, no que diz respeito às avaliações diagnósticas realizadas durante a pandemia e ao retorno às atividades presenciais, que incidiram sobre as decisões e os encaminhamentos dos conselhos de ciclo. Os dados da pesquisa também permitem inferir que parcela significativa das equipes escolares compreende a importância desse espaço colegiado para repensar a finalidade das avaliações e a reorganização das estratégias pedagógicas, a fim de reduzir as desigualdades educacionais no contexto pós-pandêmico. Como produto desta pesquisa, propõe-se a elaboração de um conjunto de diretrizes que auxilie as escolas da rede a fortalecer esse órgão colegiado como espaço de reflexão e tomadas de decisão, com vistas a garantir o direito de aprendizagem de todos, tendo, como horizonte, uma sociedade mais justa e democrática.
PROGRAMA DE ENSINO INTEGRAL: DESAFIOS DA IMPLANTAÇÃO PARA OS GESTORES ESCOLARES
Airton Cruz Silva; Prof. Dr. Nonato Assis de Miranda; Prof. Dr. Nonato Assis de Miranda; Prof. Dra. Sanny Silva da Rosa; Prof. Dr. Sérgio Marcus Nogueira Tavares
Esta pesquisa foi realizada com o objetivo precípuo de identificar as concepções de gestores escolares acerca dos desafios da implantação do Programa Ensino Integral (PEI) em uma escola pública estadual localizada na cidade de São Paulo. Para dar conta desse objetivo, optou-se pela abordagem qualitativa de pesquisa por meio de duas técnicas de coleta de dados: a observação direta e a roda de conversa (RC) realizada com os seis gestores da escola (Diretor, Vice-Diretor, Professor Coordenador Geral, Professores Coordenadores de Área). Os depoimentos dos gestores obtidos por meio da RC foram categorizados e interpretados na perspectiva da Análise de Conteúdo de Laurence Bardin. Os resultados mostram que, neste caso em específico, os desafios para gestão de uma escola ingressante no PEI foram muitos, tanto a escola investigada quanto a Diretoria de Ensino da qual ela faz parte desconheciam a metodologia do PEI, pois foram as pioneiras no programa, não havendo, portanto, a replicabilidade da metodologia do PEI nessa escola. Outro aspecto mencionado pelos participantes da pesquisa, que também consistiu em desafios para a gestão escolar, é que, para eles, há uma discrepância muito grande entre o preconizado nas diretrizes do programa e a realidade escolar. Grosso modo, o primeiro ano da escola participante do PEI é caracterizado pela sobrevivência, o segundo pelo conhecimento e o terceiro pela consolidação da escola no programa. Pensando nos desafios enfrentados pela equipe gestora e pelo conjunto de professores integrantes da escola investigada, foi proposto um Plano de Ação com foco na implementação da metodologia do PEI.
UMA PROPOSTA COLABORATIVA PARA O DESENVOLVIMENTO DAS VIRTUDES MORAIS NAS ESCOLAS: REFLEXÕES COM OS ORIENTADORES EDUCACIONAIS DE SÃO CAETANO DO SUL
(2019-12-13) Ives Alejandro Penaloza Munoz; Profª. Drª. Sanny Silva da Rosa; Prof. Dra. Sanny Silva da Rosa; Prof. Dr. Paulo Sérgio Garcia; Prof. Dr. Marcos Antonio Lorieri
Aspiramos a uma sociedade onde indivíduos vivam com dignidade, que estimule e permita a prosperidade de todos, num ambiente de confiança e respeito, que proporcione segurança, com relações interpessoais solidárias e responsáveis, nas quais os direitos sejam respeitados. O ambiente escolar também possui uma parcela de responsabilidade para a construção de uma melhor sociedade, visto que ele também é responsável pela transmissão de comportamentos às crianças que lá convivem. A partir desse fato, vê-se claramente a importância e o compromisso do corpo pedagógico da escola como exemplo na formação ética do aluno. Desta forma a presente pesquisa em tem como objetivo promover o desenvolvimento das virtudes morais nas escolas de Ensino Fundamental I, a partir dos Orientadores Educacionais das escolas municipais de São Caetano do Sul, com base numa série de recursos práticos que levam as crianças ao desenvolvimento moral. A sociedade contemporânea espera que as escolas sejam promotoras de um ensino moral, com um compromisso na formação humana da criança e do jovem, indispensável para a vida cidadã. Deste modo, promover a Educação Ética ultrapassa conhecer comportamentos pró-sociais e executá-las, pelo fato de ela dirigida para o desenvolvimento do caráter do indivíduo. Reafirmamos a urgência proposta pelo psicólogo Lawrence Kohlberg que declarou que a educação formal também é o local onde se deve ensinar o cuidado com o outro, a justiça, a democracia, a formação moral e ética do indivíduo, porém não somente como um horizonte futuro, mas também como um ser que vive e interage no presente. As virtudes morais necessitam ser ensinadas ao sujeito desde sua vida infantil, sendo estas exercitadas no hábito, aprimoradas, como forma de uma dimensão humana importante para a vida em sociedade, na pretensão de construir uma sociedade mais democrática, justa, contrapondo-se ao desmantelamento suscitado pelo egoísmo vigente na atual contemporaneidade.