Navegando por Autor "Prof. Dr. Marco Wandercil da Silva"

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"EU SÔ PETO ESCURO IGUAL O MEU PAI": RELAÇÕES RACIAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL E A LEITURA DE MUNDO DAS CRIANÇAS
(2024-09-02) Eliane Cristina Uzeloto Enumo; Prof.ª Dra. Marta Regina Paulo da silva; Profª. Drª. Marta Regina Paulo da Silva; Prof. Dr. Marco Wandercil da Silva; Profª Drª. Crislei de Oliveira Custódio
Esta pesquisa teve como objeto de estudo a leitura de mundo das crianças em relação às questões raciais na Educação Infantil. Como objetivo geral, pretendeu-se compreender tal leitura de mundo evidenciando de que maneira ela pode contribuir para uma educação antirracista no contexto de uma turma da pré-escola. A partir da seguinte questão: Como a leitura de mundo das crianças, em relação a questão racial, pode contribuir para a construção de uma educação antirracista? Estabeleceu-se um diálogo com os estudos da sociologia da infância, da pedagogia e das relações étnico- raciais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de inspiração etnográfica, realizada em uma pré-escola municipal de Santo André/SP com uma turma com 21 crianças na faixa etária dos 4 anos e com duas docentes. Os procedimentos metodológicos utilizados foram: a observação participante, os registros escritos em diário de bordo, as gravações audiovisuais e fotografias, além da entrevista semiestruturada com as docentes e investigação documental. A investigação considerou que a leitura de mundo das crianças sobre as questões raciais pode ser um ponto de partida para a construção de práticas pedagógicas antirracistas, destacando-se a escuta como fundamental nesse processo. Os resultados revelam que, embora a prática pedagógica evidencie abertura ao valorizar as perspectivas das crianças, essa disposição não se estende às discussões referentes às questões raciais, haja vista que a temática racial não tem sido considerada com a mesma relevância dada a outros conhecimentos. Além disso, as próprias educadoras reconhecem uma lacuna em seus conhecimentos sobre as questões raciais, o que indica a manutenção de um currículo monocultural e etnocêntrico. Consequentemente, verifica-se que a educação para e nas relações étnico-raciais, nesse espaço, ainda não se efetivou. Todavia, no contexto estudado, constatou-se que escutar as crianças se revela uma oportunidade valiosa para abordar e discutir questões raciais junto a elas. Ao escutá-las, notou-se que, em suas leituras de mundo, observam diferenças e semelhanças entre elas e as demais crianças e adultos(as), ora reproduzindo estereótipos raciais, ora afirmando pertencimentos, o que mostra a influência da ideologia do branqueamento, que atravessa o universo infantil, bem como suas transgressões aos padrões estéticos instituídos por uma sociedade estruturalmente racista. Assim, este estudo não apenas reafirma a importância da prática pedagógica na mediação dessas experiências, como também sustenta que a leitura de mundo das crianças é fundamental para estabelecer a construção de uma educação antirracista, visto que o contexto da Educação Infantil é um espaço propício para que as crianças, além de construírem saberes, possam compartilhá-los por meio de uma relação colaborativa entre educadores(as) e crianças. Na finalização do presente trabalho, como produto educacional, pretende- se elaborar um material de apoio pedagógico, no formato de e-book, com vistas a instigar a discussão sobre a temática das relações raciais no contexto da Educação Infantil.
EVASÃO ESCOLAR EM UMA UNIDADE DESCENTRALIZADA DO CENTRO PAULA SOUZA.
(2022-05-30) Cecilia Leite dos Santos Tozzi; Marco Wandercil da Silva, Prof. Dr. Nonato Assis de Miranda (Coorientador); Prof. Dr. Marco Wandercil da Silva; Profª. Dr. Nonato Assis de Miranda; Profª. Dra. Maria de Fátima Ramos Andrade; Profª. Dra. Márcia Lopes Reis
Esta pesquisa foi empreendida com vistas a analisar os motivos que levaram os estudantes da ETEC Robert Kennedy a evadirem-se do curso técnico de nível médio em administração, entre os anos de 2017 e 2021. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, cujos dados foram obtidos por meio de levantamento quantitativo realizado na Secretaria da unidade escolar e de um questionário on-line com questões abertas e fechadas, aplicado aos alunos que se encontravam na condição de evadidos por ocasião realização da pesquisa. Ao todo, 17 discentes responderam ao questionário. Os resultados mostram que os motivos da evasão da instituição investigada, por serem pessoais, variam de problemas de saúde à conciliação de horários de trabalho e estudo. Entre outros aspectos, a escolha equivocada do curso, a insatisfação em relação a ele e a dificuldade de adequação ao modelo presencial remoto, em razão da pandemia, também influenciaram a evasão escolar na ETEC Robert Kennedy. Isso posto, os achados da pesquisa revelam que o fenômeno, independentemente do nível de ensino, é multifacetado, e suas causas são as mais variadas. Trata-se de uma situação preocupante porque, se, por um lado, os percentuais de evasão são altos, por outro, a multiplicidade de causas dificulta a implementação de ações mais focadas em âmbito local. Por essa razão, como produto final, foi proposto um plano de ação educacional com foco na mitigação da evasão no curso técnico de nível médio em administração na ETEC Robert Kennedy.
FORMAÇÃO DE PROFESSORAS COORDENADORAS DA SEDUC/SP: ANÁLISE DE UM AGRUPAMENTO
(2023-02-13) MARIA CECILIA JARDIM; Prof. Dr. Nonato Assis de Miranda; Prof. Dr. Nonato Assis de Miranda; Prof. Dr. Marco Wandercil da Silva; Prof. Dr. Paulo Henrique Arcas
Este estudo foi realizado com o intuito de analisar a formação de professoras coordenadoras de um agrupamento escolar, através do Projeto de Acompanhamento Pedagógico Formativo da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, cujos dados foram adquiridos por meio de análise documental da Resolução 46/2021 e dos Roteiros e relatórios das sessões de Acompanhamento Pedagógico Formativo. O eixo de análise considerou o alinhamento entre os roteiros e a resolução que instituiu o projeto de APF, levando em conta o planejamento, organização e desempenho dos estudantes. Os resultados mostraram que a implementação do Acompanhamento Pedagógico Formativo foi realizada com êxito, no sentido de alinhar as escolas selecionadas às diretrizes da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Apesar de aspectos positivos frente à organização da rotina pedagógica das professoras coordenadoras, o projeto mostrou-se insuficiente para fortalecer a autonomia das Unidades Escolares em relação às suas especificidades. Por esse motivo, como produto final, foi apresentado um instrumento de autoavaliação com foco na atribuição do Coordenador de Gestão Pedagógica, possibilitando que esse profissional se autoajuste às especificidades das Unidades Escolares que coordena.