Navegando por Autor "Celso Machado Júnior"
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Item ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE SEMIJOIAS: DA COOPERAÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO ATÉ A COMERCIALIZAÇÃO.(2022-04-27) Mauricio Luiz Gonçalves Martiniano; Celso Machado Junior; Celso Machado Júnior; Raquel da Silva Pereira; Elza Fátima Rosa VelosoApesar da existência de competitividade entre as empresas de um mesmo setor, é possível observar que em determinadas localidades, empresas que manufaturam produtos comuns se associam com a finalidade de estabelecer um polo de atividade econômica, formando, assim, os Arranjos Produtivos Locais (APL). Referidos Arranjos são caracterizados como aglomerações territoriais de agentes econômicos, políticos e sociais, os quais desenvolvem atividades econômicas específicas e que apresentam vínculos entre si. Essa atuação proporciona ganhos de eficiência coletivos, que individualmente tais agentes não teriam possibilidade de obter. Neste sentido, este estudo busca contribuir com essa área de pesquisa estudando o APL de Semijoias de Limeira/SP, objetivando compreender a interação do respectivo arranjo, analisando sua estrutura e como ocorre dependência entre os atores, bem como identificar como a governança instituída suporta a coordenação dos envolvidos. O presente estudo adquire maior importância em virtude de o segmento de semijoias estar ganhando espaço no cenário mundial. A cidade de Limeira/SP tem se destacado nesse segmento por abrigar todas as etapas da cadeia produtiva, sendo responsável por quase 70% da produção nacional de joias folheadas. Em relação aos aspectos metodológicos, o estudo é caracterizado como qualitativo e quantitativo. Os resultados da pesquisa indicaram que o APL estudado não abarca uma articulação conjunta de interação e cooperação entre seus atores, fato que o descaracteriza como um arranjo de sucesso. Paralelamente, os resultados possibilitam deduzir que a interação e cooperação ente empresas, com objetivos comuns, proporciona ganhos competitivos para os atores, ratificando a premissa que as empresas quando unidas em arranjos produtivos possuem largas fontes de vantagens competitivas, as quais dificilmente conseguem alcançar se atuarem individualmente.Item CENÁRIO FUTURO NO PROCESSO DE DIFUSÃO DA TECNOLOGIA 5G NO BRASIL: UMA PROSPECÇÃO PARA O MERCADO DE TELECOMUNICAÇÕES EM 2030(2023-06-06) Raphael Reynier Roale Martins; Prof. Dr. Celso Machado Júnior; Celso Machado Júnior; Raquel da Silva Pereira; Marcus Vinicius Moreira ZitteiA introdução do padrão 5G de tecnologia de rede móvel no Brasil indica mudanças significativas para as empresas de telecomunicações e para a sociedade. Espera-se que essa tecnologia proporcione benefícios para atividades comerciais, como cirurgias remotas, sensores agrícolas avançados e aplicações de mobilidade, além de permitir serviços de alta velocidade, resposta rápida e confiável para aplicativos comerciais e industriais. No entanto, a implementação bem-sucedida do 5G exigirá esforços de planejamento, investimento e treinamento, juntamente com a disponibilidade de informações adequadas e alinhamento organizacional. A adoção do 5G oferecerá uma ampla gama de oportunidades, desde que os investimentos sejam realizados de maneira estratégica, considerando o retorno sobre o investimento. No Brasil, esses investimentos estratégicos são parte integrante das obrigações contratuais definidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). Este estudo apresenta como objetivo geral prospectar o cenário previsto para o mercado de telecomunicações no Brasil, a partir do processo de difusão da tecnologia 5G, até 2030, considerando apenas as empresas de telecomunicações que venceram o Leilão 5G ANATEL em 2021. Realizou-se uma pesquisa exploratória com a aplicação do método Delphi com profissionais atuantes nessas empresas. Como conclusão, indicamos que o cenário brasileiro para adoção da tecnologia 5G em 2030 exigirá, das empresas de telecomunicações vencedoras do Leilão ANATEL, investimento constante em infraestrutura e capacitação de pessoal para o cumprimento de todos os compromissos assumidos, e que o atingimento das metas propostas pela Associação GSM (GSMA) e a definição dos modelos de negócio são importantes para promover e sustentar a adoção dessa tecnologia.Item COMPRAS PÚBLICAS DE INOVAÇÃO: DESAFIOS DOS GESTORES PÚBLICOS(2023-02-10) Wellington Pereira da Silva; Prof. Dr. Celso Machado Júnior; Celso Machado Júnior; Aline Bento Ambrósio Avelar; Fernando de Almeida SantosO poder das compras públicas de um Estado é instrumento governamental relevante e valioso no fomento de proposição de políticas públicas. Este estudo tem como objetivo analisar os fatores que, na opinião dos gestores públicos, influenciam o processo de compras públicas de inovação no Brasil. Foram realizadas entrevistas com quinze gestores públicos da área de compras de inovação. Para um perfil do universo de pesquisa, os entrevistados foram divididos em três grupos de interesse: o federal, o estadual e o municipal, de modo a possibilitar a identificação de similaridades e particularidades entre os grupos. Os resultados da pesquisa apontam quatro etapas no processo de compras de inovação. O primeiro é o Arcabouço Jurídico, materializado pelas diferenças de interpretação da legislação pelos órgãos de fiscalização. O segundo é a cultura de resistência às mudanças dos órgãos públicos. O terceiro é uma dinâmica de controle desempenhada pelos órgãos de fiscalização no final do processo, quando o adequado seria um acompanhamento de forma continua e preventiva. O último é o capital humano, ou seja, o responsável por realizar a solicitação de compra, que é admitido mediante concurso público para atividades gerais e, por isso, pode ser um profissional não vocacionado para a atividade, e que sequer recebe qualificação para o trabalho a ser desenvolvido. Dessa forma, a pesquisa contribui para entender as barreiras e obstáculos que, na visão dos gestores públicos, podem estar impedindo a efetiva realização das compras de inovação nos setores.Item CONTRIBUIÇÕES DA CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA PARA CONSTRUÇÃO DE UM PERFIL EMPREENDEDOR E ENGAJADO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR(2024-09-11) Simona Adriana Banacu dos Santos; Profa. Dra. Maria do Carmo Romeiro, Profa. Dra. Luísa Veras de Sandes-Guimarães (coorientadora); Maria do Carmo Romeiro; Luísa Veras de Sandes-Guimarães; Raquel da Silva Pereira; Celso Machado Júnior; Eliane Maria Pires Giavina Bianchi; Marcus Vinicius Moreira ZitteiA universidade do século XXI tem sido compelida a reconsiderar seus modelos de atuação em busca de conexão profunda e duradoura com os diferentes setores da sociedade. As discussões mais recentes sobre as relações universidade-sociedade têm sido direcionadas às contribuições que a universidade pode proporcionar ao desenvolvimento econômico e social, chamadas de terceira missão. Embora distintos, os modelos de universidade empreendedora e engajada apoiam a concretização da terceira missão a partir do engajamento com o setor produtivo, a geração de inovações e o vínculo com a realidade local, esta última especialmente presente nas universidades municipais. No contexto brasileiro, o processo de curricularização da extensão em andamento nas universidades permite institucionalizar a extensão, integrando-a às missões de ensino e pesquisa. Deste modo, entende-se que nesse contexto a curricularização contribui para a construção de um perfil empreendedor engajado das Instituições de Ensino Superior. Neste sentido, a pergunta que esta tese responde é: “Qual estrutura de curricularização da extensão influencia o comportamento do perfil empreendedor engajado das IES?” Avaliar como a curricularização da extensão contribui para a formação de um perfil empreendedor engajado das Instituições de Ensino Superior é o objetivo geral desta tese. O estudo é delineado por métodos mistos, sequenciais, sendo, na primeira fase, utilizada uma abordagem qualitativa, que foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com os responsáveis pela área de extensão e pelos processos de implementação da curricularização da extensão universitária das Instituições de Ensino Superior abordadas neste estudo. A segunda fase, quantitativa, foi realizada por meio de um questionário aplicado a professores de Instituições de Ensino Superior. Utilizou-se a análise de conteúdo na fase qualitativa e, na fase quantitativa, foram aplicadas estatística básica e análise fatorial exploratória, por meio do softwareSPSS, seguida por modelagem de equações estruturais, por meio do software Smart PLS. A partir da literatura e das entrevistas realizadas, foram propostas duas escalas, para representar os principais construtos desta pesquisa, curricularização da extensão e universidade empreendedora engajada, adicionalmente estipulando um modelo de associação entre os construtos. Os resultados validaram os indicadores e dimensões dos construtos, bem como indicaram a existência de associação entre os construtos. A fase quantitativa da pesquisa confirmou a existência de uma forte relação positiva entre a curricularização da extensão e a formação de um perfil empreendedor engajado nas Instituições de Ensino Superior (IES). Essa relação, evidenciada pelo coeficiente estrutural de 0,892 (significante a 1%), indica que a curricularização da extensão não se limita apenas ao cumprimento de uma exigência legal, mas atua como um catalisador para o desenvolvimento de uma cultura empreendedora e engajada nas IES. O alto poder explicativo do modelo de curricularização da extensão (cerca de 80%) reforça a importância da extensão para o desenvolvimento da terceira missão, corroborando a literatura existente e evidenciando o papel fundamental da curricularização na construção de universidades empreendedoras engajadas com a sociedade.Item COOPETIÇÃO ENTRE MICROEMPRESAS COMO ESTRATÉGIA DE INOVAÇÃO: ESTUDO EM UMA REDE DE CERVEJARIA ARTESANAL(2024-09-05) CELIMARA VALENTE GAMBA DE LIMA; Prof. Dr. Celso Machado Júnior; Celso Machado Júnior; Milton Carlos Farina; Renato Telles; Daielly Melina Nassif Mantovani; Eliane Maria Pires Giavina BianchiAs pequenas empresas, especialmente em nichos de setor de baixa tecnologia, lidam com escassez de recursos financeiros e humanos, acesso limitado à tecnologia e ao conhecimento. Nesse contexto, a inovação deixa de ser um fim e torna-se uma estratégia para a sobrevivência, de forma que as microempresas buscam inovar em produtos, no modelo de negócio ou envolvendo-se em arranjos cooperativos. Os relacionamentos em redes podem resultar em agregação de valor e obtenção de vantagens recíprocas de forma que os parceiros dividem responsabilidades, custos e riscos, tornando as microempresas mais competitivas juntas do que isoladas. A coopetição é a cooperação entre concorrentes, que optam por serem aliados ao invés de rivais. Este estudo descritivo, exploratório e de abordagem mista, utilizando a Análise de Redes Sociais e Análise Temática de Conteúdo, teve o objetivo de analisar os relacionamentos interorganizacionais de uma rede de microempresas e os fatores que motivam a formação de parcerias de coopetição em nichos de mercado caracterizados pela inovação de produto. O posicionamento das cervejarias no nicho incentiva a aglutinação em vários subgrupos, motivo pelo qual a rede se apresenta com baixa densidade, com alguns atores centrais fazendo papel de intermediação entre esses grupos. Na rede pesquisada encontrou-se uma cultura de comunidade que se iniciou historicamente na identidade coletiva oposicional à produção em massa e forte regionalidade em prol do fortalecimento do mercado regional. A análise dos antecedentes da coopetição para inovação de produtos nesta rede, encontrou como principais motivadores, a expectativa de acesso facilitado a novos conhecimentos, a expansão do portifólio de produtos e carteira de clientes e a oportunidade para divulgação, fortalecimento e consolidação da marca. Neste sentido, os vínculos sociais estabelecidos ao longo do tempo que determinam o nível de confiança no parceiro, o alinhamento de objetivos e propósitos, as experiências anteriores de coopetição e a cultura de alavancagem do nicho agem como direcionadores das alianças coopetitivas.Item DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL E GOVERNANÇA PARTICIPATIVA: DINÂMICAS DE INTERAÇÃO NO CONSELHO ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DE RONDÔNIA(2024-10-09) ANGELINA MARIA DE OLIVEIRA LICÓRIO; Prof.ª Dra. Raquel da Silva Pereira; Raquel da Silva Pereira; Aline Bento Ambrosio Avelar; Celso Machado Júnior; Marcleide Maria Macêdo Pederneiras; Osmar SienaA representatividade social nos Conselhos Gestores é um fenômeno em amadurecimento no Brasil. Este estudo, fundamentado na Teoria da Democracia Participativa e na Teoria das Redes Complexas, focado na dimensão social da sustentabilidade, busca identificar de que forma as dinâmicas de interação que emergem da participação cidadã no Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável (CEDRS) de Rondônia impactam o Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS). Os Conselhos Gestores, respaldados pela Constituição Federal de 1988, atuam como mecanismos institucionalizados de diálogo entre sociedade e governo, promovendo a democratização da gestão pública. A pesquisa objetivou compreender a dinâmica da participação cidadã no Conselho Gestor de Desenvolvimento Rural Sustentável de Rondônia (CEDRS), em termos de geração de impacto para a região. Objetivos específicos incluem: identificar mecanismos de influência e negociação entre conselheiros; analisar dinâmicas de representação no CEDRS; e demonstrar sua atuação no contexto do DRS em Rondônia. De natureza aplicada, descritiva e qualitativa, o estudo adota o método de estudo de caso, com dados coletados por entrevistas semiestruturadas, observação assistemática e pesquisa documental. A análise de conteúdo foi realizada com o apoio do software ATLAS.ti, versão 22. Os resultados indicam que os mecanismos de negociação dependem majoritariamente dos recursos individuais dos conselheiros e de suas instituições de origem, carecendo de uma sistematização institucional pelo CEDRS. As dinâmicas de representação são mais evidentes durante consultas de pauta e entrega de atas, apresentando potencial para fortalecimento. A análise dos dados econômicos e programas implementados sugere que a participação cidadã no CEDRS gera impactos positivos no desenvolvimento sustentável da região.Item DOUTORADO ACADÊMICO INDUSTRIAL COMO FERRAMENTA DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO(2024-12-04) FELIPE VENANCIO SILVA; Prof. Dr. Celso Machado Júnior; Celso Machado Júnior; Luisa Veras de Sandes-Guimarães; Raquel da Silva Pereira; Leonardo Fabris Lugoboni; Marcela Barbosa MoraesO modelo de doutorado realizado em colaboração entre universidade, indústria e discente é conhecido internacionalmente como doutorado industrial. Este modelo tem o intuito de aproximar a universidade do setor industrial, proporcionando aos doutorandos cursos mais interdisciplinares capazes de amplificar os desafios e os conhecimentos dos estudantes. Os doutorados industriais são baseados no modelo Hélice Tríplice e são capazes de trazer inúmeros benefícios aos atores participantes, como: a transferência tecnológica entre universidade e indústria, qualificação de mão de obra e o fomento ao empreendedorismo e à inovação. No Brasil, o modelo de doutorado industrial operante é o Doutorado Acadêmico Industrial (DAI) que, posteriormente, alterou sua nomenclatura para Doutorado Acadêmico para a Inovação (DAI). O referido modelo tem por objetivo o fortalecimento do desenvolvimento científico e tecnológico, do empreendedorismo e da inovação no país. O DAI é financiado mediante bolsas de estudos fornecidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em que alunos de mais de 80 instituições já foram beneficiados. O presente trabalho tem como objetivo analisar como o Doutorado Acadêmico Industrial contribui com o desenvolvimento científico e tecnológico das organizações. A pesquisa tem como lócus a Universidade Federal do ABC, instituição de ensino cujo projeto piloto do DAI no Brasil foi implementado no ano de 2013. A pesquisa possui abordagem qualitativa, caracterizada como descritiva e exploratória. A coleta dos dados foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com os atores participantes do processo. Para os procedimentos de análise dos dados obtidos, foi utilizada a metodologia da análise de conteúdo. Como resultados, constatou-se que o DAI possui particularidades relacionadas à participação das empresas como parceiras no desenvolvimento do projeto de pesquisa. Sobre o papel desempenhado pelos atores do modelo Hélice Tríplice, a universidade é a organização responsável pela gestão do DAI, as empresas são responsáveis por disponibilizar recursos e estrutura para que o aluno possa desenvolver seu projeto de pesquisa e o governo é o responsável pelo financiamento do programa. Os principais benefícios que os alunos obtêm com o DAI é a experiência industrial e um aumento na possibilidade de ingresso no mercado de trabalho. As principais dificuldades e desafios do programa constatados foram a interação da empresa com o aluno e a participação financeira da empresa para o complemento da bolsa recebida pelo doutorando. Também foi constatado que, dos oito projetos desenvolvidos pelos alunos selecionados para o estudo, quatro deles foram implementados pela empresa parceira. A pesquisa apresenta contribuições à literatura em temas ainda escassos, como um exemplo de implantação de um modelo de doutorado industrial em um país em desenvolvimento e a visão das empresas com relação ao referido modelo. A pesquisa também apresenta um exemplo de operacionalização do modelo Hélice Tríplice sem a necessidade do estabelecimento de organizações secundárias que intermediariam as relações entre seus atores, como incubadoras de empresas ou parques tecnológicos.Item GOVERNANÇA DE MARES E OCEANOS BRASILEIROS: UM ESTUDO SOBRE A GESTÃO DA COLETA DE RESÍDUOS MARINHOS NA REGIÃO METROPOLITANA DE JOÃO PESSOA(2024-09-27) ADRIANA DE ABREU MASCARENHAS; Prof.ª Dra. Raquel da Silva Pereira; Raquel da Silva Pereira; Celso Machado Júnior; Nonato Assis de Miranda; Belinda Pereira da Cunha; Maria Goretti Dal BoscoA gestão eficaz dos resíduos marinhos é uma preocupação crescente em escala global, especialmente em regiões costeiras densamente povoadas, como a Região Metropolitana de João Pessoa. Este estudo analisa a governança dos mares e oceanos brasileiros, com foco na gestão da coleta de resíduos marinhos nesta região específica. Por meio de uma abordagem multidisciplinar, são explorados os principais desafios enfrentados na gestão dos resíduos marinhos, incluindo questões de legislação ambiental, infraestrutura de coleta e reciclagem, conscientização pública, e envolvimento das partes interessadas. O objetivo principal desta pesquisa foi realizar um estudo sobre a gestão desse tipo de resíduo na Região Metropolitana de João Pessoa. A poluição dos oceanos deveria ser uma das principais preocupações da humanidade para preservação do planeta, contida em um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – ODS 14, que evidencia a Vida na Água. Apesar de integrarem a Agenda 2030 da ONU, muitas metas ainda não conseguiram ser atingidas e tudo indica que não serão alcançadas. Essa investigação se propõe a analisar a gestão dos resíduos marinhos como elemento para uma governança ambiental que visa o desenvolvimento sustentável. A pesquisa é exploratória, descritiva e de natureza qualitativa. A análise dos dados coletados em documentos e entrevistas realizadas com agentes dos principais órgãos de gestão da referida Região Metropolitana permite concluir que há uma lacuna significativa na infraestrutura de coleta de resíduos marinhos, com poucos pontos de coleta disponíveis e baixa participação da comunidade local na separação e disposição adequada dos resíduos. Com base nestas análises, são propostas recomendações para aprimorar a governança dos mares e oceanos, e melhorar a gestão da coleta de resíduos marinhos na Região Metropolitana, além da propositura de um framework. Este estudo pretende contribuir para o avanço do conhecimento científico sobre a governança dos mares e oceanos brasileiros para a formulação de políticas e estratégias de gestão sustentável dos resíduos marinhos em contextos urbanos costeiros.Item INCUBADORAS DE EMPRESAS DE UNIVERSIDADES PÚBLICAS: A RECENTE EXPERIÊNCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC.(2022-03-24) Felipe Venâncio Silva; Celso Machado Júnior; Celso Machado Júnior; Daielly Melina Nassif Mantovani; Milton Carlos FarinaProgramas de incubação desempenham funções essenciais na preservação das empresas em seus estágios iniciais oferecendo assessoria, treinamentos, além de estrutura física para o início de suas operações. As empresas incubadas são geradoras de postos de trabalho capazes de contribuir com a economia regional. Parcela significativa das incubadoras de empresas existentes no Brasil são geridas por Núcleos de Inovação Tecnológica que, por vezes, são denominados de Agências de Inovação e instaladas em Universidades Públicas. Essas incubadoras são um exemplo do modelo da Hélice Tríplice em que a universidade, o governo e a empresa atuam em conjunto, visando a promoção da inovação tecnológica, baseada no conhecimento gerado pelas Universidades Públicas. O presente trabalho tem como objetivo geral analisar os elementos do processo de incubação promovido pela Universidade Federal do ABC. Os elementos a serem analisados são especificados através dos seguintes objetivos específicos: analisar o processo de seleção de empresas para incubação promovido pela Universidade Federal do ABC; analisar os serviços oferecidos pela Universidade Federal do ABC às empresas incubadas; e identificar as dificuldades encontradas pela Universidade Federal do ABC no processo de incubação de empresas. Para o atingimento do objetivo proposto, o trabalho realizou uma pesquisa descritiva e exploratória com uma abordagem qualitativa, tendo como lócus a Incubadora de Base Tecnológica da UFABC (ITUFABC), gerida pela agência de inovação InovaUFABC. As técnicas de coletas de dados empregadas foram a observação, análise documental e entrevistas semiestruturadas, realizadas com o diretor e a ex-diretora da InovaUFABC, com o servidor técnico administrativo responsável pela operacionalização da incubadora e com as empresas incubadas na modalidade residente. Para a análise documental e das entrevistas, foi empregada a técnica de análise de conteúdo. Como resultados, constatou-se que a seleção de empresas é realizada através da publicação de editais de fluxo contínuo em que se procura avaliar os projetos candidatos através de critérios como: grau de inovação; viabilidade e maturidade do projeto; capacidade mercadológica; e avaliação da equipe proponente. Sobre os serviços oferecidos, constatou-se que a modalidade de incubação não residente visa oferecer capacitações e mentorias para empreendedores com projetos ainda incipientes, enquanto a modalidade residente tem se limitado a oferecer apenas infraestrutura às empresas com projetos com um nível de maturidade mais adiantado. Já as principais dificuldades do programa de incubação constatados, foram os problemas relacionados à falta de servidores, morosidade e excesso de burocracia no processo de ingresso das empresas e a falta de acompanhamento em diversos aspectos da incubadora às empresas incubadas.Item QUALIDADE DE RELACIONAMENTO E COCRIAÇÃO DE VALOR EM RELAÇÕES INTERORGANIZACIONAIS DE INOVAÇÃO(2024-08-08) JOÃO DE PAULA RIBEIRO NETO; Prof. Dr. Renato Telles; Renato Telles; Celso Machado Júnior; Edson Keyso de Miranda Kubo; Pedro Lucas de Resende Melo; Walter Cardoso SátyroOrganizações estão inseridas em redes de relações sociais que afetam seu desempenho, especialmente em atividades de inovação, onde o sucesso da inovação depende de conhecimento de várias fontes externas a uma dada organização. Assim, este trabalho se propôs a avançar no conhecimento da associação entre Qualidade do Relacionamento e Cocriação de Valor entre parceiros organizacionais em relações de Inovação, focalizando a análise do papel da Qualidade do Relacionamento entre parceiros organizacionais, desenvolvendo processos de inovação, e a Cocriação de Valor resultante. Neste sentido, o objetivo central dessa pesquisa se constitui na investigação da Qualidade do Relacionamento como preditora de Cocriação de Valor em relacionamentos interorganizacionais de inovação. Realizou-se uma pesquisa aplicada, descritiva e quantitativa, com levantamento de corte transversal, por meio de questionário eletrônico autoadministrado, com 261 respondentes e amostragem por tipicidade. Os dados foram analisados e interpretados mediante uso de estatística descritiva e multivariada, com uso de modelagem de equações estruturais. Os resultados sugerem consistente a presença de uma relação entre os dois construtos de ordem superior, obtidos por meio dos dois modelos integradamente a condição da Qualidade do Relacionamento como preditor positivo e significante da Cocriação de Valor. A contribuição teórica do presente estudo encontra-se na proposição de um modelo conceitual com robustez e qualidade de ajustamento entre qualidade do relacionamento de parcerias interorganizacionais e seus construtos formadores e Cocriação de valor em processos de inovação. Adicionalmente, é oferecida, como contribuição gerencial, a viabilidade da instrumentalização da avaliação da qualidade de relacionamento como base para a gestão da cocriação de valor em parcerias interorganizacionais orientadas para o desenvolvimento de inovações.Item TENDÊNCIAS DO FUTURO DO TRABALHO PARA 2030: DESAFIOS DA ÁREA DE GESTÃO DE PESSOAS(2024-12-11) VILMA APARECIDA CASEIRO; Prof. Dr. Celso Machado Júnior, Prof.ª Dra. Elza Fátima Rosa Veloso (coorientadora); Celso Machado Júnior; Elza Fátima Rosa Veloso; Edson de Miranda Keyso de Miranda Kubo; Luísa Veras de Sanches Guimarães; Renata Giovinazzo Spers; Leonardo Nelmi TrevisanA Quarta Revolução Industrial e a Sociedade 5.0 exigem das organizações a modernização dos modelos de gestão de seus recursos organizacionais, inclusive os humanos, atendendo à necessidade de estimular e desenvolver pessoas. Este estudo tem como objetivo analisar as percepções dos profissionais da área de Recursos Humanos sobre as tendências do futuro do trabalho, e como objetivos específicos: (1) analisar o potencial dos avanços tecnológicos impactarem a carreira das pessoas em 2030; (2) identificar os desafios que se apresentam aos profissionais de recursos humanos para 2030; (3) analisar o papel dos profissionais de recursos humanos na carreira das pessoas na perspectiva da Indústria 4.0. Este estudo possui caráter exploratório-descritivo e natureza qualitativa, tendo como método o Delphi que, por meio da opinião de especialistas, buscou responder à seguinte questão: como os profissionais de Recursos Humanos percebem as tendências do futuro do trabalho na Indústria 4.0? A pesquisa primária foi conduzida em duas etapas: primeiro, aplicou-se questionário eletrônico, utilizando-se a técnica Delphi em duas rodadas junto aos profissionais de recursos humanos; em um segundo momento, realizou-se entrevista semiestruturada com profissionais de Recursos Humanos com responsabilidade na gestão de pessoas de empresas brasileiras e multinacionais. Os resultados indicaram que a inovação tecnológica mais relevante que impacta a carreira das pessoas é a inteligência artificial e que, se a área de RH não inovar os modelos de gestão e a forma de trabalhar, ficará desatualizada. Este estudo reforçou que a tecnologia agiliza os processos de trabalho e orienta a tomada de decisão nas organizações. Também, indicou que o desafio mais significativo para os profissionais de RH é criar maior interesse das pessoas em equilibrar trabalho e vida pessoal e harmonizar os conflitos de gerações nas empresas. Nisso, o papel mais relevante para os profissionais de RH é estimular o profissional a ser protagonista da própria carreira, planejando e executando o seu desenvolvimento. Esta pesquisa também indicou as habilidades mais relevantes para os profissionais de RH, a saber: Inteligência Emocional, Inovação e Pensamento Analítico.