TRANSCIDADANIA: COMUNICAÇÃO NO ATENDIMENTO PÚBLICO DE SAÚDE E A POPULAÇÃO TRANS

Abstract

A população trans e travesti brasileira é historicamente marginalizada em todas as esferas da sociedade, como a cultural, a social, a acadêmica, a familiar, a profissional e a da saúde. Apesar de nas últimas duas décadas terem sido desenvolvidas políticas públicas para atender às demandas desta população, há muito a ser aprimorado. O despreparo das equipes em locais de atendimentos contribui significativamente para o aumento da vulnerabilidade das pessoas trans e travestis, levando-as a uma marginalização ainda maior, e causando uma rejeição desta população em relação ao acesso aos serviços oferecidos. Uma iniciativa recente foi criada no município de São Paulo, em conjunto com a Prefeitura da cidade. O “Protocolo para o atendimento de pessoas transexuais e travestis no município de São Paulo” teve como objetivo orientar os profissionais de saúde, norteando as práticas no ambiente público. Ele promove políticas de afirmação e acolhimento, considerando os possíveis desconfortos que a população trans e travesti possa ter vivenciado e ainda estar vivenciando. Apesar disto, ainda há pouca informação a respeito do “Protocolo”, sendo ele pouco divulgado e de difícil acesso no site da Prefeitura. Portanto, este trabalho teve como objetivo principal sistematizar, condensar e explicar as informações do “Protocolo”, para depois poder contribuir a divulgação dele por meio de ações comunicacionais. Como um tópico inerentemente relacionado à comunicação pública, pois o tema da saúde pública é fundamental em uma sociedade democrática, é necessário desenvolver uma iniciativa que incentive a circulação do conhecimento publicado no “Protocolo”. A metodologia utilizada no trabalho foi documental informativa, sendo o “Protocolo” o objeto do estudo. Os resultados apontam que plataformas digitais de licença livre onde usuários têm acesso à leitura e à edição das informações são ferramentas proveitosas para a divulgação de conhecimento. Sendo assim, um verbete na plataforma Wikipédia, uma enciclopédia digital, deverá ser criado com o conteúdo do “Protocolo”, de forma topicalizada e descritiva.