Navegando por Autor "Oliveira, Rebeca Nunes Guedes de"
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Item EXPERIÊNCIAS VIVIDAS POR ENFERMEIRAS NA PANDEMIA DE COVID-19: NARRATIVAS DE INTERESSE PÚBLICO(2024-12-10) NAVARRO, FERNANDA; Oliveira, Rebeca Nunes Guedes deA história oficial da pandemia, dificilmente exaltará as amarras e desgastes sofridos pelas profissionais enfermeiras durante suas atuações. O processo narrativo torna-se indispensável, tanto ao processo de construção da identidade dessas profissionais, quanto para que haja um reconhecimento das experiências vividas e muitas vezes invisibilizadas socialmente. As narrativas, quando comunicadas, permitem uma consolidação do conhecimento e transformação da realidade. O estudo tem como objetivo geral compreender, à luz da perspectiva de gênero, o significado que as enfermeiras atribuem às suas experiências vividas como mulheres e profissionais no contexto da pandemia da Covid-19, a partir das suas narrativas orais de histórias de vida. Pesquisa exploratória de abordagem qualitativa, pautada nos pressupostos teórico-metodológicos da história oral e da perspectiva de gênero. Os dados foram coletados por meio de entrevista em profundidade. O estudo contou com a participação de sete enfermeiras, atuantes em serviços públicos do município de São Caetano do Sul. As narrativas foram gravadas, transcritas na íntegra e analisadas de modo a apreender os significados das narrativas orais de histórias de vida, interpretados e discutidos à luz da categoria gênero. A partir da análise interpretativa, foram construídas duas categorias: os estereótipos e desigualdades de gênero na construção da identidade das enfermeiras; e a pandemia de Covid-19 potencializando as contradições de gênero na realidade das enfermeiras. Estas desvelaram os significados que emergiram das narrativas a partir da interpretação à luz do referencial teórico. A partir dos resultados, o estudo elaborou, como produto de intervenção, narrativas de interesse público no formato de tirinhas em quadrinhos, que possibilitem visibilidade às experiências pelas enfermeiras na pandemia da Covid-19. Desde a infância até a fase adulta foram evidenciadas diversas situações em que as amarras de gênero se fizeram presentes e em todas as experiências narradas foi possível identificar as relações de gênero que perpassam a profissão. Dentre os principais significados que as enfermeiras atribuíram às suas experiências vividas como mulheres e profissionais durante a pandemia destacaram-se a sobrecarga na rotina enquanto mulher e profissional de enfermagem, exclusão social e preconceito, a morte e o sofrimento dos pacientes no cotidiano do trabalho. Espera-se que o debate público sobre a relevância social da enfermagem brasileira possa ser traduzido na conquista de direitos que possibilitem condições materiais para o exercício da profissão com justiça social e equidade.Item FEMINISMOS E HISTÓRIAS DE VIDA: ENGAJAMENTO DE JOVENS MULHERES DO ABC PAULISTA.(2023-05-24) HAMASAKI, ANGÉLICA APARECIDA SANCHES; Oliveira, Rebeca Nunes Guedes deO movimento feminista passou, desde seu surgimento, por diversas fases, influenciadas por diferentes contextos históricos, que implicavam no surgimento de novas concepções sociais e, por consequência, novas demandas. O presente estudo teve como objetivo compreender a constituição do feminismo jovem como movimento político social, a partir das narrativas de jovens mulheres do ABC paulista. A pesquisa, de caráter exploratório, foi desenvolvida em abordagem qualitativa, sendo o tipo de estudo interpretativo na coleta e análise de narrativas orais de histórias de vida, A partir das entrevistas em profundidade, a concepção do movimento, suas demandas e desafios foram singularmente apresentados pelas jovens participantes do estudo, cuja análise resultou nas duas categorias: O tornar-se feminista: trajetória de vida de jovens mulheres do ABC Paulista; e Feminismos e engajamento de jovens mulheres do ABC Paulista. A análise revelou que o movimento feminista é apontado pelas entrevistadas como plural, mas sua divisão em vertentes foi levantada como um divisor e uma maneira de separar mulheres e criar disputas em locais que a união é necessária. Entre as pautas, a busca pelo avanço dos direitos reprodutivos, a criação de políticas públicas direcionadas às mulheres e a ocupação feminina em cargos de poder, como no âmbito político. O diálogo foi levantado como ferramenta de promoção do feminismo, não somente para discussão ou problematização de pautas, mas como uma forma de ouvir as vivências e “ir aonde as pessoas estão”. As manifestações também ocupam espaços públicos, mas foram apresentadas pelas entrevistadas como uma maneira de trazer atenção para os problemas, fazendo com que as pessoas parem e procurem saber. Foi possível observar um diálogo forte do feminismo concebido pelas jovens com ondas anteriores, na retomada de ações que estavam presentes na origem do movimento, como as reuniões presenciais e rodas de conversa ou divulgação através de jornais próprios. A própria internet, advento tecnológico recente, foi delineada como espaço de convocação para o presencial ou para ilustração do trabalho desenvolvido pelos coletivos que integram. O produto de intervenção consistiu na esquematização de situações e tópicos observados nos relatos para produção de contos baseados em suas vivências, que serão publicados em plataforma digital interativa.